Perda de força Peugeot 307 – Pereira Peugeot e Citroen

CAIXA DE MARCHAS

O veículo segundo o cliente, não apresentava força de arranque e apresentação de ruídos,principalmente quando estava em alguma rua inclinada ou morro, ou seja, em baixa rotação. No entanto ao atingir uma boa velocidade, o veículo não apresentava falhas e respondia aos comandos do acelerador normalmente. Nesse caso, é recomendado a verificação do conversor de torque, se constatado o defeito é necessário realizar a sua troca.

No primeiro instante, foi realizado a retirada da caixa de marchas para conseguir ter acesso ao conversor de torque, onde estava ocorrendo o defeito.

A caixa de marchas automática, diferente da manual, dispensa a embreagem e coloca no seu lugar o conversor de torque. Á partir do trabalho desse componente, a troca de marchas é feita de forma autônoma, sem o auxílio do condutor para o acionamento do pedal de embreagem.

CONVERSOR DE TORQUE

O conversor de torque é responsável por não deixar o veículo “morrer” ao parar. Seu objetivo é transferir a força do motor do veículo para o eixo de entrada da transmissão, onde através de um acoplamento hidráulico o motor mantém seu giro, independentemente do câmbio.

Funcionamento: A caixa do conversor de torque é fixada no volante do motor. Dessa forma, ela trabalhará com a mesma velocidade dele, juntamente com as peças de compressão. A bomba interna, trabalha de forma centrífuga, ou seja, conforme o seu giro o fluido é lançado para fora, ocasionando um vácuo, por onde mais fluido é puxado para parte interna.

Portanto, o líquido entra nas turbinas, de modo que o cambio gire e o carro se movimente.

Durante esse processo, o fluido deixa o centro da turbina movendo-se em direção diferente da que estava. Para evitar que o fluido entre em contato direto com a bomba, fazendo com que o sistema perca eficiência, o estator faz esse trabalho de direciona-lo corretamente para a entrada da bomba.

PEÇAS ESTRUTURAIS

Peças estruturais básicas em qualquer conversor de torque de câmbio automático.:

➡ Bomba ou Impulsor: Ligada ao motor, recebe o fluido que sai da turbina.

➡ Estator: Componente fixo que direciona o fluxo do fluído de direção através das palhetas do reator, provenientes das palhetas da turbina.

➡ Turbina: Parte móvel, que fica conectada à caixa de velocidades.

➡ Sistema Lock up: Trava de acionamento manual que une a bomba à turbina.

➡ Tampa: Responsável pela proteção do conversor.

PEÇAS DINÂMICAS

Peças dinâmicas são as que apresentam desgaste com o uso, sendo necessário a troca de acordo com o fabricante.:

➡ Cubo impulsor;

➡ Rolamentos;

➡ Calços de aço, baquelita e alumínio;

➡ Anéis de vedação;

➡ Retentores;

➡ Catracas;

➡ Material de fricção;

➡ Molas.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

O conversor de torque, por atuar com o fluido hidráulico possui vantagens em comparação com o sistema de embreagens manual, dentre eles.:

➡ Menos ruídos;

➡ Menos desgaste na transmissão;

➡ Sistema independente;

➡ Capacidade de multiplicar o torque do motor de acordo com a rotação;

➡ Acoplamento das embreagens suave;

No entanto, existem desvantagens em comparação com o sistema de troca de marchas manual, dentre elas:

➡ Maior consumo de combustível;

➡ Manutenção mais cara;

➡ Sem influência do piloto;

➡ Sistema dependente da velocidade de rotação do motor;

Manutenção: A troca do conversor de torque é recomendada apenas quando a peça apresentar defeito. O veículo irá apresenta ruídos nas trocas de marchas e dificuldade de arranque(baixa rotação). Inspecionar e realizar a checagem completa. É necessário fazer a substituição o mais rápido possível.